Mudanças Climáticas e suas Implicações Espaciais
por Emanuel Fernando Reis de Jesus do Departamento de Geografia da UFBa
A preocupação em torno das mudanças climáticas globais e da degradação da natureza deixou de ser um tema exclusivo dos profissionais da área ambiental. O papel decisivo dessas condições sobre o futuro da humanidade vem despertando uma série de discussões em várias partes do mundo.
De forma direta ou indireta o clima sempre esteve presente em todas as atividades desenvolvidas pelo homem desde os primórdios, daí a sua extrema importância até os dias contemporâneos. O estudo do clima compõe um importante capítulo do estudo da natureza, sobretudo quando o seu enfoque encontra-se direcionado, principalmente, para uma perspectiva de interação entre a natureza e a sociedade.
O clima é um sistema extremamente complexo, regido por múltiplas interações entre os diversos subsistemas (hidrosfera, biosfera, criosfera e atmosfera). Um grande espectro de escalas temporais e espaciais nele intervém. O oceano mais particularmente, exerce um efeito considerável sobre o clima global do planeta, uma vez que, inúmeras trocas de massas e de energia - por meio de gases, água e calor - proporcionam assim, a existência de um sistema altamente integrado. Nesses complexos processos de trocas, os oceanos têm um papel relevante na manutenção do equilíbrio climático da Terra.
A história natural do clima é caracterizada pela alternância de períodos quentes intercalados por períodos mais frios, que marcaram profundamente inúmeros eventos ocorridos nas diversas eras geológicas. A variabilidade do clima é, portanto, um fenômeno natural que pode ser definido como a maneira pela qual os elementos climáticos (precipitações pluviométricas, temperatura, umidade do ar, dentre outros) variam no interior de um determinado período de registro de uma série temporal.
A expressão mudança global do clima é definida como o conjunto de alterações climáticas causadas pelo aquecimento adicional da superfície e atmosfera da Terra em função das concentrações atmosféricas de gases de “efeito estufa” resultantes das atividades humanas.
Os gases do efeito estufa existem naturalmente na atmosfera, sendo os principais o vapor d´água, o dióxido de carbono (CO2), o ozônio (O3), o metano (CH4), e o ôxido nitroso (N2O). Esses gases têm a propriedade de absorver parte da radiação infravermelha emitida pela superfície terrestre. Como conseqüências das atividades humanas, as concentrações de gases de “efeito estufa” vêm aumentando. Além dos gases já citados, novos gases com as mesmas propriedades, mas apenas produzidos pelo homem, passaram a ser também lançados na atmosfera, incluindo os clorofluorcarbonos (CFCs), hexafluoreto de enxofre (SF6) dentre inúmeros outros. Nos dias atuais a qualidade do ar sobretudo nas grandes metrópoles vem sendo cada vez comprometido, com sensíveis reflexos sobre à saúde humana.
Enfim, o aquecimento global é hoje uma realidade, suas repercussões se manifesta sob os mais diferentes aspectos, dentre os quais podemos citar: aumento do nível dos oceanos causado pelo derretimento das geleiras e pela expansão térmica do volume de água; elevação das temperaturas médias da superfície da ordem de 1,5º a 4,5ºC; derretimento dos gelos do mar; tendência a um aumento global das chuvas a partir da elevação dos níveis de vapor d´água presentes na atmosfera; aumento da ocorrência de furacões dentre inúmeras outras manifestações meteoroclimáticas.
Enfim, o aquecimento global é hoje uma realidade, suas repercussões se manifesta sob os mais diferentes aspectos, dentre os quais podemos citar: aumento do nível dos oceanos causado pelo derretimento das geleiras e pela expansão térmica do volume de água; elevação das temperaturas médias da superfície da ordem de 1,5º a 4,5ºC; derretimento dos gelos do mar; tendência a um aumento global das chuvas a partir da elevação dos níveis de vapor d´água presentes na atmosfera; aumento da ocorrência de furacões dentre inúmeras outras manifestações meteoroclimáticas.
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