Wednesday, October 04, 2006

Resumo da apresentação do dia 09/10
"Cibercultura: Tecnologia e Vida Social na Cultura Contemporânea"

por André Luiz Martins Lemos
Professor da Faculdade de Comunicação da UFBa

Cibercultura e Contemporaneidade: Emissão, Conexão, Reconfiguração

Busca-se compreender, sob o prisma de uma fenomenologia do social, as principais características da cibercultura na contemporaneidade, tendo como princípios básicos três características fundamentais do atual processo tecnológico, a saber: a liberação do pólo da emissão, o princípio em rede e a reconfiguração da paisagem comunicacional. Esse tripé tem como pano de fundo uma mudança social na vivência atual do espaço e do tempo. O objetivo dessa conferência é compreender a cibercultura contemporânea e sua interface com a cultura e a sociedade contemporâneas onde serão analisados alguns fenômenos atuais como: a era da conexão sem fio (celulares, SMS, bluetooth, RFID, Wi-Fi); as práticas comunicacionais como os blogs, os podcasts, os vlogs; as trocas peer to peer; as relações sociais no ciberespaço com chats, fóruns e softwares sociais (“Orkut”, “Multiply”); os softwares de fonte aberta e a cultura copyleft; a arte eletrônica interativa e colaborativa; as questões políticas emergentes com a cibercidadania, o ciberativismo e o “hacktivismo”; as transformações morais e éticas envolvidas na manipulação, na vigilância e no controle social.
Palavras-chave – Cibercultura, comunicação, sociedade.

Tuesday, October 03, 2006

Próximo Encontro - “Cibercultura: Tecnologia e Vida Social na Cultura Contemporânea”

Professor André Luiz Martins Lemos da Faculdade de Comunicação da UFBa

LOCAL: Livraria Multicampi LDM ( Rua Direita da Piedade, 20, Piedade )

DATA: 09/10/2006 (segunda-feira)

HORA: 18h
Café Científico na Mídia 2 - Clipping A TARDE

Resumo da apresentação do dia 11/09
De onde viemos? Para onde vamos?
As velhas perguntas e os recentes avanços da cosmologia

por Saulo Carneiro de Souza
professor do Instituto de Física da UFBa

Começamos discutindo alguns mitos de criação, que, ao contrário da moderna cosmologia, são antropocêntricos e definitivos, mas que, como ela, delimitam e definem o que chamam universo. Discutimos então a cosmologia newtoniana, iniciada com Copérnico, Galileu e Kepler, e que, após transferir o centro do universo da Terra para o Sol, nos leva à concepção de um universo infinito. Com o advento da teoria da Relatividade Geral de Einstein, na qual a geometria do espaço-tempo é modificada pela presença de matéria, chegamos aos modernos modelos cosmológicos, inicialmente desenvolvidos por Friedmann e Lemaitre, e segundo os quais o espaço se encontra em permanente expansão. Tais modelos, verificados pelas observações de Edwin Hubble sobre o afastamento das galáxias distantes, implicam a existência de uma fase inicial extremamente quente e densa na evolução do universo, o que veio a ser mais tarde corroborado pela descoberta da radiação cósmica de fundo, um fóssil dessa era inicial. Ao final da mesma, com o decréscimo da temperatura, elétrons e núcleos atômicos puderam ligar-se, constituindo o hidrogênio e hélio de que a maior parte da matéria visível é feita. A expansão entrou então numa nova fase, durante a qual foram formadas as galáxias e estrelas, nas quais os elementos mais pesados foram sintetizados. Observações mais recentes nos estão levando a uma era de precisão observacional, a uma nova fase das pesquisas em cosmologia. Observa-se que a matéria de que somos feitos constitui tão somente 5% de todo o conteúdo energético de nosso universo, com outros 25% existindo, no interior das galáxias, sob a forma de uma ainda desconhecida “matéria escura”. Os demais 70% formam a assim chamada “energia escura”, cuja presença tem se manifestado de forma convincente em observações do afastamento de supernovas distantes. Nesse contexto, estamos chegando à imagem de um universo espacialmente plano e infinito, cuja expansão, hoje cada vez mais acelerada, seguirá indefinidamente, levando-nos a um cosmos cada vez mais vazio, frio e escuro. O universo tem se expandido por cerca de 14 bilhões de anos, o que nos leva a perguntar sobre o início desse processo. Tudo o que nossas equações podem nos dizer é que a expansão teve início numa singularidade, ou seja, um estado em que toda a infinita matéria do universo e o próprio espaço concentravam-se em um único ponto. Neste cenário, não faz sentido perguntar que havia antes, pois o próprio tempo também nasce nessa singularidade. Se ela realmente existiu, ou se nossa descrição teórica de tempos tão primordiais deva ser modificada, é algo que não sabemos ainda responder.

Monday, October 02, 2006

Café Científico na Mídia 1 - Clipping TVE