Sunday, November 08, 2009

Resumo Café - 09/11/2009


Atmosferas Planetárias

Prof. Dr. Alberto Brum Novaes (Instituto de Física, UFBA)

O Sistema Solar é formado pelo Sol e oito planetas reconhecidos, planetas anões, e uma infinidade de luas e incontáveis corpos menores, como cometas e asteroides. Eles são ao todo: Marcurio, Vênus, Terra, Marte, Júpiter, Saturno, Urano e Netuno. Alguns são muito grandes, outros são pequenos, mas todos são muito importantes. Mas não é só isso! Nosso Sistema Solar também tem os chamados planetas anões. Eles são cinco: Ceres, Plutão, Haumea, Makemake e Eris. Esta nova classificação foi definida em 2006 pela União Astronômica Iternacional (IAU), na cidade de Praga.

O Sistema Solar é dividido em dois grandes grupo de planetas, em relação à proximidade do Sol: planetas interiores, terrestres ou rochosos, quais sejam: Mercúrio, Vênus, Terra e Marte, por possuirem superfície sólida bem visivel e suas massas são constituidas predominantemente por suas partes sólidas. Os planetas rochosos são diferentes entre sí. Vênus tem uma atmosfera densa, composta principalemte de dióxido de carbono, enquanto Marte dispõe de um tênue envoltório gasoso, também de gás carbônico. Mercúrio praticamente não tem atmosfera, ao contrário da Terra, com atmosfera rica em nitrogênio e oxigênio. A outra categoria são os planetas exteriores ou gasosos que ficam além do Cinturão de Asteroides: Júpiter, Saturno, Urano e Netuno. São verdadeiras bolas de gás sem uma superfície sólida, onde suas massas são constituídas principalmente pelas suas atmosferas. Estes mundos têm muitos traços em comum. Cada um exibe uma região central compostas de rochas e gelo, envoltas por um manto líquido ou semi-sólido contendo hidrogênio e hélio, ou no caso, de Urano e Netuno, uma combinação de gelo de metano, amônia e água. Cada um deles tem uma atmosfera profunda, freqüentemente tempestuosas, composta principalmente de por hidrogênio e hélio. Cada um exibe um campo magnético significativo, mas o de Júpiter é excepcional: 20.000 vezes mais poderoso que o campo magnético da Terra. Cada um dos gigantes gasosos é orbitado por uma enorme quantidade de satélites (luas) e todos apresentam ainda uma característica interessante, mostram sistemas de anéis compostos de grãos de rocha ou gelo. Saturno é o que apresenta sistemas de anéis mais impressionantes, bem visíveis com pequenos instrumentos aqui da Terra. Quanto aos planetas anões são apenas corpos sólidos e com vestígios de atmosfera.


Leitura recomendada:

Atmosferas Planetárias. Richard M. Goody e J.C.G.Walker. Ed. Edgard Blucher Ltda. 1975.

Decifrando a Terra. Wilton Teixeira; M. Cristina Motta de Toledo; Thomas Rich Fairchild; Fabio Taioli. Ed. Oficina de Textos, USP, 2000.

Enciclopédia Ilustrada do Universo. Ed. Duetto, 2008.

Próximo Café - 09 de novembro de 2009 – 18h30min

Atmosferas Planetárias

por Alberto Brum Novaes (Instituto de Física, UFBA)

Wednesday, September 02, 2009

Resumo Café Científico - 14/09/2009

Mesa redonda: Desmatamento na Avenida Paralela e outras questões sócio-ambientais

O desmatamento e a ocupação de áreas de Mata Atlântica na Avenida Paralela, em Salvador, estão crescendo vertiginosamente. Questões como a supressão dessas áreas verdes, a extinção de populações biológicas nativas, aumento da poluição no local, além de desocupação de pessoas afetadas pelo crescimento imobiliário, merecem maior atenção e cuidado. Para discutir estas questões, nesta sessão do Café Científico Salvador, será montada uma mesa redonda composta por Luiz Antunes Nery (Superintendente de Meio Ambiente da Prefeitura de Salvador), Cristina Seixas (Promotora do Ministério Público do Estado da Bahia) e Renato Cunha (ONG Gambá).
Próximo Café - 14 de setembro de 2009 – 18h30min

Mesa redonda: Desmatamento na Avenida Paralela e outras questõessócio-ambientais

Cristina Seixas (Promotora do Ministério Público do Estado da Bahia),
Renato Cunha (ONG Gambá) e
Luiz Antunes Nery (Superintendente de Meio Ambiente da Prefeitura de Salvador)
Resumo Café - 10/08/2009

Para que serve a antropologia?

Prof. Dr. Cláudio Luiz Pereira (Antropólogo CEAO/UFBA – Professor do POSAFRO/UFBA).

A sessão começara com o compartilhamento de uma incerteza (para que serve a antropologia?) e explorará as razões pelas quais essa ciência tem se constituído em um corpo de conhecimento fundamental no mundo de hoje. Formada, a partir de fins do século XIX, como uma matriz disciplinar poliparadigmática, a antropologia, nos dia atuais, passou a ter distintas facetas, atuações ou responsabilidades: podendo-se, assim, abordá-la como um campo disciplinar (e também de trabalho, de pesquisa, editorial, etc) em torno do qual circula certo capital científico (e, também, social e cultural). Tornando-se, ademais, um instrumento político capaz de dirimir conflitos, ou ampliá-los, a antropologia refinou ou capacitou a compreensão de processos sociais e culturais, exportando de seu domínio categorias de entendimento que passaram a fazer parte do senso comum, e da racionalidade técnica moderna. Objetiva-se, assim, nesta sessão, voltar contra a antropologia seu próprio método, ou seja, enquadrá-la a partir de uma etnografia do pensamento, ou, dos saberes. De acordo com essa abordagem a ciência deve ser vista como uma estrutura que comporta processos (históricos, culturais, sociais, políticos) e procedimentos (técnicas, modos de fazer e pensar), uma comunidade de produtores de conhecimento, bem como objetos tangíveis nos quais o conhecimento produzido toma corpo e se difunde. Desse modo, pretende-se expor a idéia de que o pensamento antropológico tem um fundamento científico, e, logo, epistemológico e metodológico, através do qual os antropólogos dizem, pensam e fazem. Não se objetiva, portanto, responder questões substanciais sobre a antropologia enquanto prática e crítica social, mas, formulando questões sobre a complexidade do pensamento antropológico, explorar as razões pelas quais a antropologia responde a questões teóricas densas e demandas sociais urgentes.

Leitura Recomendada

Geertz, Clifford Nova luz sobre a antropologia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed, 2001.

Goldemberg, Miriam. Noites de Insônia: cartas de uma antropóloga a um jovem pesquisador. Rio de Janeiro: Record, 2008.

Laplantine, François. Aprender Antropologia. São Paulo: Brasiliense, 2000.

Santos, Rafael José dos. Antropologia para quem não vai ser antropólogo. Tomo Editorial: Porto Alegre, 2005.

Sahlins, Marshall Esperando Foucault, ainda. São Paulo: Cosac Naiffy, 2004.
Café do dia 10 de agosto de 2009 – 18:30

Para que serve a antropologia?

Cláudio Luiz Pereira (Antropólogo CEAO/UFBA – Professor do POSAFRO/UFBA).

Saturday, July 11, 2009

Próximo Café - 13 de julho - 18h30min

Do genoma à futurômica

Por Patrícia Domingues de Freitas (Instituto de Biologia da UFBa)

Saturday, May 30, 2009

Resumo Evento - 8 de junho de 2009

O QUE É CIÊNCIA E O QUE NÃO É CIÊNCIA?
Charbel Niño El-Hani
(Instituto de Biologia/UFBA)


Nos dias de hoje, para convencer às pessoas que o que estamos afirmando é “científico”, parece bastar que digamos que a afirmação é “científica” ou que nos digamos “cientistas”, citando algum catálogo que supostamente diria quem é quem na ciência. Mas esta é uma maneira adequada de pensar a ciência? Nesta conversa, discutiremos critérios para distinguir o que é e o que não é ciência, ou seja, enfrentaremos o problema da demarcação, conforme formulado pelo filósofo Karl Popper, sob influência direta de outro filósofo, Immanuel Kant. Ao discutir esse tema, o problema é freqüentemente formulado em termos da distinção entre ciência e pseudociência. Nesta conversa, contudo, desdobraremos o problema da demarcação em dois problemas distintos: a distinção entre ciência e pseudociência, de um lado, e a distinção entre ciência e não ciência, de outro. Para Popper, o que diferenciaria uma afirmação científica de uma afirmação não científica seria a possibilidade de sua falsificação, ou seja, sua testabilidade. Podemos questionar, contudo, se este critério não seria amplo demais, incluindo afirmações que não têm sido consideradas científicas há um longo tempo. Outro filósofo da ciência, Thomas Kuhn, considerava científicos campos do conhecimento que trabalham à luz de um paradigma, ou seja, de uma estrutura de conhecimento que orienta a investigação de toda uma comunidade de pesquisadores, desde a proposição de questões legítimas de pesquisa até a produção e interpretação da evidência. É possível colocar, no entanto, uma dificuldade também para o critério de Kuhn: o que dizer de áreas que são tipicamente reconhecidas como científicas, como as ciências sociais, mas abrigam em sua pesquisa uma diversidade de paradigmas? Imre Lakatos, por sua vez, construiu uma filosofia da ciência na qual o critério para afirmar que um programa de pesquisa é científico é o seu progresso, tanto em termos teóricos – na forma de previsões novas sobre o mundo –, quanto em termos empíricos, quando ao menos algumas destas previsões são apoiadas por evidências. Mas também há um problema com o critério de Lakatos: ele só pode ser usado retrospectivamente, uma vez que o progresso tenha ocorrido. Se precisarmos julgar no presente se uma determinada área do conhecimento é científica, o critério de Lakatos não nos ajuda, na medida em que o progresso desta área poderia ocorrer no futuro. Um outro filósofo da ciência, Paul afirma que uma teoria ou disciplina que pretende ser científica é pseudocientífica se for (1) menos progressiva do que teorias alternativas por longo período de tempo; (2) enfrenta muitos problemas não-resolvidos, que têm se acumulado; (3) há teorias alternativas que explicam melhor os fenômenos do que ela; (4) a comunidade de defensores da teoria faz poucas tentativas de desenvolvê-la visando à solução dos problemas, não mostra preocupação de avaliar a teoria em relação a outras, e é seletiva ao considerar evidências contrárias e favoráveis; (5) teorias pseudocientíficas são freqüentemente muito complicadas e repletas de hipóteses não-testáveis; (6) pseudociências usam tipicamente ‘raciocínio baseado em semelhanças’, ou seja, modelos analógicos superficiais. Considero que a proposta de Thagard faz avanços interessantes, constituindo uma resposta filosófica ao problema da demarcação que apresenta uma série de aspectos convincentes. Ele também enfrenta, contudo, alguns problemas. Ela sofre da dificuldade indicada acima, no caso da teoria de Lakatos, porque não temos como julgar um possível progresso futuro da teoria. Além disso, como o juízo sobre o caráter cientifico depende de comparação com teoria alternativa, se não houver teoria alternativa, não será possível emitir tal juízo. Um problema apontado por alguns autores é de que, se utilizamos os critérios de Thagard, ser científica não é propriedade imutável de uma teoria. Uma teoria que foi científica no passado pode não ser científica hoje e uma teoria científica de hoje pode deixar de ser científica no futuro. Contudo, consideramos que este é um resultado absolutamente natural e justificado, se a demarcação entre ciência e não ciência for de natureza social e histórica. Desse modo, chego à tese mais central que pretendo defender: que não há solução puramente lógica para a demarcação da ciência, de modo que alguma propriedade das proposições pudesse definir, por juízo inteiramente racional, se elas são cientificas ou não. Isso não quer dizer que critérios de natureza lógica não desempenhem o papel de valores que orientam os juízos sobre o que é e o que não é ciência. Minha visão, contudo, é que a ciência deve ser diferenciada também, e sobretudo, como uma instituição social, mantida pela comunidade científica, que tem construído desde meados do século XIX uma certa forma de discurso sobre o mundo, com propósito de explicar o mundo dos fenômenos naturais. Este é um discurso naturalista que, conforme argumentarei, possibilitou a independência da ciência como modo de produção do conhecimento, em relação a outras formas de conhecimento, em particular, a teologia judaico-cristã. Uma maneira de distinguir se um campo do conhecimento é científico ou não é verificar como a comunidade científica se relaciona com ele, se ela dialoga com trabalhos deste campo e, caso dialogue, quais são os juízos que a comunidade científica emite sobre eles. Não nos parece estranho que uma comunidade de cientistas defina o que é ou não pertinente ao tipo de conhecimento construído por ela, o conhecimento científico. Isso é da natureza de todo conhecimento socialmente constituído, ou seja, de todo conhecimento intersubjetivo humano.

Leitura Recomendada

Chalmers, A. F. O Que é Ciência Afinal? São Paulo: Brasiliense, 1993.
Chalmers. A. F. A Fabricação da Ciência. São Paulo: UNESP, 1994.
Cobern, W. W. & Loving, C. C. Defining “science” in a multicultural world: Implications for science education. Science Education 85:50-67, 2001.
Curd, M. & Cover, J. A. Philosophy of Science: The Central Issues. New York: W. W. Norton & Co, 1998.
Kuhn, T. S. A Estrutura das Revoluções Científicas. São Paulo: Perspectiva, 2003.
Popper, K. R. A Lógica da Pesquisa Científica. São Paulo: Cultrix, 2000.
Lakatos, I. Falsificação e Metodologia dos Programas de Investigação Científica. Lisboa: Edições 70, 1999.
Mahner, M. & Bunge, M. Is religious education compatible with science education? Science & Education 5: 91-99, 1996.
Thagard, P. Why astrology is a pseudoscience (Por que a astrologia é uma pseudociência), in: Curd, M. & Cover, J. A. Philosophy of Science: The Central Issues. New York: W. W. Norton & Co. pp. 27-37, 1998.
Thagard, P. Computational Philosophy of Science. Cambridge, MA: MIT Press, 1993.

Wednesday, May 06, 2009

Resumo Apresentação 11/05/2009

Origem e Evolução dos Elementos Químicos: Big-Bang, Estrelas e Supernovas.

por Débora Correia Rios (Instituto de Geociências, UFBA)

A composição química da Terra é única, sendo produto de uma série de processos. Estão incluídos aí os processos responsáveis pela criação dos elementos químicos, do Sistema Solar e da própria Terra.
Poderíamos simplesmente considerar que os elementos existem, mas intelectualmente isto não é o bastante. A origem dos elementos é uma questão tanto astronômica quanto geoquímica. Os questionamentos relacionados à origem e evolução dos elementos químicos são foco da cosmoquímica, cujo objetivo é entender a distribuição e abundância dos elementos no Sistema Solar e secundariamente no Universo.
Cosmoquímica é como geologia. Enquanto olhamos para as rochas mais antigas buscando informações sobre a origem do planeta, buscam-se nas estrelas mais velhas os primeiros registros de formação dos elementos químicos. A origem dos elementos químicos está intimamente relacionada à evolução estelar, porque os elementos são sintetizados pelas reações nucleares das quais as estrelas derivam a energia que irradiam no espaço. Este conjunto de processos é conhecido como nucleossíntese.
O Universo começou a cerca de 10-20 Ga atrás com o Big Bang, ou seja, uma explosão inicial que ocorreu no princípio de tudo, quando toda a matéria e energia existente hoje estavam concentradas em um único ponto. Supõe-se que esta explosão tenha convertido energia em matéria.
A primeira das etapas de nucleossíntese é, portanto conhecida como nucleossíntese cosmológica, ou, nucleossíntese no Big Bang, e ocorreu logo depois do início do Universo, sendo responsável pelo inventário cósmico do H e He, e talvez de algum Li. Considera-se que desde o Big Bang o Universo tem estado expandindo, resfriando e evoluindo, e com isto, os nêutrons se combinaram para formar partículas que se tornaram organizadas em núcleos de H e He. A formação de núcleos atômicos mais pesados é inibida neste processo devido à instabilidade dos núcleos de massas 5 e 8. Com o resfriamento, a temperatura caiu e as reações nucleares não foram mais possíveis nesta forma.
Algum tempo após o Big Bang o universo era um gás quente, mais ou menos homogêneo. Inevitavelmente desenvolveram-se heterogeneidades no gás, que provocaram um processo de atração e colapso gravitacional. Cerca de 0,5 Ga após o Big Bang, formaram-se as proto-galáxias, as quais colapsaram gerando as estrelas... Inicia-se o processo conhecido como Nucleossíntese Estelar. Todas as estrelas da seqüência principal geram energia por reações de fusão do H, que resulta na síntese do He, seja pelo canal p-p ou pelo ciclo CNO.
No canal p-p a reação predominante continua sendo a produção de He pela queima do H. Outras reações em cadeia podem produzir He, envolvendo Li, Be e B, seja como combustível primário, ou como produtos intermediários da reação.
Uma vez que a primeira geração de estrelas entrou no ciclo evolucionário e explodiram, as nuvens de gás interestelar continham elementos de números atômicos mais altos. A presença do carbono-12, sintetizado pelas estrelas ancestrais, fez mais fácil às gerações subseqüentes de estrelas gerarem energia pela fusão do H. Assim, estrelas de geração subseqüente e massa superior a 1,1 a massa solar, produziram He pela cadeia CNO onde o C age como um catalisador nuclear, não sendo produzido nem consumido. A partir daí as reações prosseguem dependendo basicamente da massa e temperatura da estrela, e gerando elementos mais pesados até o Ferro. A fusão do Ferro não produz energia.
Adicionalmente, precisamos lembrar que, exceto pelo 7Li no Big Bang, Li, Be e B não são produzidos em qualquer outra situação. Uma idéia para a formação destes elementos é sua abundância nos raios cósmicos: eles são cerca de 106x mais abundantes nos raios cósmicos que no sistema Solar. Acredita-se que eles sejam formados pela interação dos raios cósmicos com poeira e gás interestrelar, em reações que só ocorrem ocorrem a altas energias (maiores que no Big-Bang ou no interior das estrelas), mais a baixas temperaturas, onde poderiam sobreviver. O processo é conhecido como Nucleossíntese Galáctica.
Então e os elementos mais pesados? O 56Fe tem a maior energia de ligação por núcleo, isto é, ele representa o mais estável dos núcleos. Isto implica que a fusão só libera energia até a massa 56. Acima da massa 56, as reações se tornam endotérmicas, isto é, elas consomem energia. Assim que o núcleo estelar se converte para Fe, uma fase crítica é alcançada: o balanço entre a expansão termal e o colapso gravitacional é quebrado e este estágio leva à morte catastrófica da estrela.
A morte catastrófica da estrela pode gerar uma explosão supernova, em estrelas com massas de mais de 8x a massa solar. Supernovas são eventos extremamente energéticos. Assim, o que levou milhões de anos para ser construído, é destruído em um segundo. Contudo a fotodesintegração produz um grande número de nêutrons e prótons livres, que levam a importantes processos de nucleossíntese chamados Nucleossíntese Explosiva, dando origem a todos os núcleos mais pesados que o Fe.


Leitura Recomendada

FAURE, G., 1998. Principles and applications of inorganic geochemistry. Prentice Hall Ed., New Jersey., 2a. Ed., 600p.
GILL, R., 1996. Chemical fundamentals of geology. Chapman & Hall Ed., London, 2a. Ed., 290p.
WHITE, W.M., 2003. Geochemistry. On-line books. Cornell Univ., 700p.
WILSON, T., TOLEDO, M.C.M., FAIRCHILD, T.R., TAIOLI, F., 2000. Decifrando a Terra. Ed. Oficina de Textos, São Paulo, Brasil. 568p.
Próximo Café 11 de maio de 2009 – 18:30 horas

Origem e Evolução dos Elementos Químicos: Big-Bang, Estrelas e Supernovas

por Débora Correia Rios (Instituto de Geociências, UFBA)
Resumo Apresentação 13/04/2009

Terrorismo imobiliário em Salvador

por Ordep Serra (Depto. de Antropologia, UFBA), Débora Nunes (UNIFACS) e Rogério Horlle

A partir do exame de um caso exemplar (a expulsão sistemática, por meio de violência e constrangimento, de moradores de uma área de Mussurunga para a implantação de um empreendimento imobiliário ilegal), pretende-se examinar implicações da urbanização desigual em um processo que acentua a vulnerabilidade de grandes segmentos da população de Salvador e promove distorções no campo do planejamento, afetando o estado de direito e comprometendo a qualidade de vida na metrópole; também se deseja discutir o impasse metropolitano de Salvador, por carência de macro-planejamento; a pertinência do diagnóstico de uma situação de terror vivenciada por muitos nesta capital; e o absenteísmo de uma grande parcela da sociedade civil em face disso. Dar-se-á ênfase à discussão de mecanismos para-legais de gestão e empreendimento nesta urbe e da pertinência de uma “sociologia do terror” que metrópoles brasileiras estão requerendo para a compreensão de aspectos de sua configuração atual.

Leitura Recomendada:

KOWARIC, L. A espoliação urbana. São Paulo: Paz e Terra, 1993.
KOWARIC, L. (org). As lutas sociais e a cidade. São Paulo: Paz e Terra, 1988.
NUNES, M.; PAIM, J. S. “Um estudo etno-epidemiológico da violência urbana na Cidade de Salvador, Bahia, Brasil: os atos de extermínio como objeto de análise”. Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro 21(2) 459-468, mar-abr, 2005
OLIVEN, R. G. Urbanização e mudança social no Brasil. Petrópolis: Vozes, 1982.
SANTOS, M. Ensaios sobre a urbanização latino-americana. São Paulo, HUCITEC, 1982.
SANTOS, M. A urbanização desigual. Petrópolis: Vozes, 1980
SERRA, O. Terrorismo imobiliário. http://ordepserra.wordpress.com/

Sunday, March 22, 2009

Resumo Café 23/03

Dengue: como avançar no controle desta doença?

por Maria Glória Teixeira (Instituto de Saúde Coletiva, UFBA)

A dengue, nos dias atuais, é uma das doenças transmitida por mosquito de maior importância para a Saúde Pública mundial. O seu vírus causador circula em quatro continentes e já atingiu mais de 100 países. Estimativas da OMS indicam que, anualmente, 50 milhões de pessoas são infectadas e cerca de 500.000 casos da Febre Hemorrágica do Dengue (FHD) ocorrem com pelo menos 12.000 óbitos por esta causa.
No Brasil, desde 2006 que epidemias sucessivas de febre do dengue vêm sendo registradas e, a partir de 1990, dois sorotipos (DENV1 e DENV2) do vírus passaram a circular simultaneamente e casos de FHD foram diagnosticados. Em 2001, com a introdução do DENV3 no país, houve agravamento da situação. Entre janeiro daquele ano e dezembro de 2002 mais de 2700 casos de FHD foram notificados. A epidemia que eclodiu em 2008 no Rio de Janeiro, com milhares de casos hemorrágicos atingindo crianças e adultos, colocou em colapso a rede de atenção à saúde daquela cidade, com grande repercussão nacional e internacional. Esse foi um ano epidêmico cuja incidência atingiu patamares semelhante a de 2002, tendo o quantitativo de casos da Febre Hemorrágica do Dengue ultrapassado 4500 registros.
O estado da Bahia vem sendo acometido por dengue desde 1994 e, sua capital, Salvador, registrou a primeira epidemia logo no ano seguinte. Neste estado também circulam três sorotipos (DENV1,DENV2 e DENV3) e, a partir de 2002, principalmente, indivíduos também foram acometidos com FHD. Significativo aumento no número de casos no interior do estado, atingindo mais fortemente a região de Irecê, foi observado em 2008, e pequeno incremento no número de casos em Salvador. Logo no início de 2009, o município de Jequié foi atingindo por uma epidemia explosiva e a seguir mais seis municípios tiveram elevação de incidência, o que resultou em Decreto de estado de emergência em alguns municípios (Jequié, Itabuna, Ilhéus, Porto Seguro, Ipiaú e Irecê)

No que pese o avanço do conhecimento científico na área biomédica, tem-se constatado dificuldades no controle desta doença em todo o mundo, em função da inexistência de vacinas para uso em populações humanas e do controle estar centrado no combate ao seu vetor, o mosquito Aedes aegypti, único elo vulnerável da cadeia de transmissão do dengue. Apesar do dispêndio de recursos do SUS (Sistema Único de Saúde) em ações de combate a este mosquito a situação epidemiológica do Brasil e da Bahia evidencia, claramente, que não vem se obtendo progressos na prevenção desta virose.
Diante destes fatos, cumprimento os organizadores do Café Científico pela iniciativa de trazer este tema para debate, por considerar da maior importância desvendar as razões das dificuldades institucionais, administrativas, políticas e científicas, para alcance de maior efetividade no combate ao dengue. Particularmente, pela necessidade de se implementar o componente de educação e mobilização social dos programas de controle da dengue, propósito que só será obtido com amplo debate e participação. Consideramos este componente peça chave da sustentabilidade e manutenção das ações de combate vetorial, que só são efetivas se forem contínuas, permanentes e capazes de promover modificações ambientais que tornem desfavoráveis a proliferação de um mosquito-vetor de hábitos antropofílicos, totalmente adaptado ao ambiente habitado pelo homem.
Os resultados de algumas avaliações concernentes às atividades e ações que vêm sendo desenvolvidas neste campo, no Brasil e em outros países, evidenciam claramente as dificuldades e limites das estratégias de educação, comunicação e mobilização que vêm sendo utilizadas. Entende-se que se faz necessário profundas mudanças nas abordagens que têm sido aplicadas, com vistas a superação das táticas campanhistas da antiga ‘polícia sanitária”. De acordo com as avaliações que vêm sendo conduzidas estas estratégias não têm obtido o efeito desejado, pois a maioria da população absorve os conhecimentos, ou seja, sabe onde o vetor coloca os ovos, que recipientes contendo água devem ser eliminados, da necessidade de colocar tampa nos depósitos que não podem ser eliminados, dentre outras informações. Contudo, estes conhecimentos não têm sido eficazes no sentido da indução de mudanças de práticas e comportamentos. Assim, os ambientes domésticos se mantêm receptivos à manutenção e proliferação do Aedes aegypti.
Deste modo, ao lado de pesquisas voltadas para o desenvolvimento de produtos, inovações e invenções que venham a aprimorar as técnicas de controle desta doença pelos serviços de saúde, faz-se necessário a abertura de espaços de diálogo e conversação entre profissionais, agentes de saúde e população. Este diálogo deve ser direcionado para a busca de soluções para os problemas que impedem a redução da população de mosquitos, sendo fundamental para aportar novos enfoque e subsídios para o delineamento de novas estratégias de atuação capazes de modificar comportamentos e atitudes, individuais e coletivas, frente a este risco sobre a saúde humana.

Leitura Recomendada

Dengue: educação, comunicação e mobilização na Revista interface:
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1414-32832008000200018&script=sci_arttext

Barreto, M. L. & Teixeira, M. G. 2008. Dengue no Brasil:Situação epidemiológica e contribuições para uma agenda de pesquisa. Estudos Avançados 22(64):53-72.
Próximo Café 23 de março de 2009 – 18:30 horas

Dengue: como avançar no controle desta doença?

Professora Maria da Glória Teixeira (Instituto de Saúde Coletiva, UFBa)

Tuesday, March 03, 2009

Resumo apresentação 09/03/2009

Explicações evolucionistas sobre a mente e o comportamento humanos

por Eulina da Rocha Lordelo (Depto. de Psicologia, UFBA)

Embora a mente e o comportamento humanos tenham sido objeto de interesse e estudo sistemático de Darwin durante sua vida, o pensamento evolucionista sobre a psicologia humana permaneceu dormente durante a maior parte do século 20, ofuscado por outras teorias psicológicas de maior aceitação. O desenvolvimento progressivo e as realizações científicas em campos diversos como etologia, ecologia comportamental, genética do comportamento, paleoantropologia, antropologia evolucionária e sociobiologia e, mais recentemente, a psicologia evolucionista, finalmente estão mudando essa situação, com notáveis avanços, especialmente nos últimos 30 anos.

Uma teoria evolucionista sobre a psicologia humana se fundamenta nos mesmos princípios que valem para a anatomia e fisiologia de qualquer animal: formas que conferiram alguma vantagem em sobrevivência e sucesso reprodutivo ao animal que as possuíam foram passadas à sua prole e se tornaram mais freqüentes com o tempo, eventualmente substituindo suas alternativas. O comportamento é parte essencial do design do animal e está sujeito à seleção natural, como qualquer aspecto da anatomia e fisiologia.

A psicologia evolucionista é o estudo da mente humana, informado pela moderna biologia evolutiva. A psicologia evolucionista não substitui a antropologia ou a sociologia, nem pode ser reduzida à própria biologia. A psicologia evolucionista é o estudo dos mecanismos psicológicos universais que guiam o comportamento, permitindo que os indivíduos entendam o ambiente particular em que vivem e superem as dificuldades inerentes à realização de metas adaptativas, como o que comer, com quem cooperar, como detectar aliados e adversários, encontrar parceiros confiáveis, quanto cuidado devotar aos filhos, entre outros. A psicologia evolucionista pressupõe uma natureza humana universal, mas essa universalidade existe principalmente no nível dos mecanismos psicológicos, e não de comportamentos culturalmente modelados.

A psicologia evolucionista focaliza seu interesse na mente, e menos no comportamento, utilizando a linguagem das ciências cognitivas para descrever os fenômenos do seu campo: mecanismos psicológicos são vistos como softwares específicos para resolver problemas específicos. Essa teoria permite equacionar problemas recorrentes no estudo da psicologia humana, como a relação entre cultura e comportamento, a evidente flexibilidade do comportamento humano, sua capacidade de ajuste às muitas condições ambientais diferentes; ao mesmo tempo, a psicologia evolucionista pode fornecer uma base adequada às teorias de aprendizagem existentes, bem como fornecer fundamentação às ciências humanas, como a antropologia e a sociologia.

Sugestões de leituras:

Dennett, D. C. (1995). A perigosa idéia de Darwin: a evolução e os significados da vida. Rio de Janeiro: Rocco.

Hardy, S. B. (2001). Mãe Natureza: uma visão feminina da evolução. Rio de Janeiro: Campus.
Miller, G. (2001). A mente seletiva. Rio de Janeiro: Campus.

Pinker, S. (1998). Como a mente funciona. São Paulo: Companhia das Letras.

Pinker, S. (2004). Tábula rasa. São Paulo: Companhia das Letras.

Ridley, M. (1996). As origens da virtude: um estudo biológico da solidariedade. Rio de Janeiro: Record.
Próximo evento 9 de março - 18:30

Explicações evolucionistas sobre a mente e o comportamento humanos

por Eulina da Rocha Lordelo (Depto. de Psicologia, UFBA)

O Café Científico é um local em que qualquer pessoa pode discutir desenvolvimentos recentes das várias ciências e seus impactos sociais. Ele oferece uma oportunidade para que cientistas e o público em geral se encontrem face a face para discutir questões científicas, numa atmosfera agradável.

O evento é inteiramente gratuito e não necessita de inscrição. O local é a LDM - Livraria Multicampi, na Rua Direita da Piedade, 20, Piedade. O Café Científico ocorre na segunda semana de cada mês, sempre às segundas-feiras, às 18:30 horas. O telefone da livraria é (71)2101-8000. Informações podem ser conseguidas também no telefone (71) 3283-6568.

Saturday, February 07, 2009

Resumo da apresentação do dia 12/02/2009
Café Científico comemorativo do DIA DARWIN

Peixes, répteis e nossos outros eus: as origens evolutivas das características dos mamíferos

por Pedro Luís Bernardo da Rocha (Instituto de Biologia/UFBA)


Distintas estruturas de um organismo, como o nosso, tiveram origens em momentos muito distintos da história da vida na Terra. Em alguns momentos, o surgimento de novas estruturas permitiu o desenvolvimento de novas estratégias de vida. Em outros, a herança dessas estruturas restringiu tal desenvolvimento. Nessa palestra, a concepção de que os organismos representam mosaicos de estruturas com idades evolutivas muito distintas será apresentada através de exemplos com organismos bastante conhecidos: os vertebrados.


Sugestões para leitura.

Darwin, C. A origem das espécies (há várias edições em português disponíveis no mercado).
Pough, F. Harvey; Janis, Christine M.; Heiser, John B. 2008. A vida dos vertebrados (4a Edição).
Atheneu SPHildebrand, M. & Goslow, G. 2006. Análise da estrutura dos vertebrados. (2a. Edição).
Café Científico comemorativo do DIA DARWIN*
12 de fevereiro de 2009 (quinta-feira) – 18:30

Peixes, répteis e nossos outros eus: as origens evolutivas das características dos mamíferos

por Pedro Luís Bernardo da Rocha (Instituto de Biologia/UFBA)

*Excepcionalmente, o café não será no dia em que costuma ocorrer, mas sim numa quinta-feira, devido à comemoração do DIA DARWIN, iniciativa que ocorre em quase todos os países.

Monday, January 05, 2009

Resumo da apresentação do dia 12/01/2009

A crise mundial, seus efeitos sobre o Brasil e nossa capacidade de resposta

por Osmar Sepúlveda (Faculdade de Ciências Econômicas, UFBA)

A crise financeira mundial que eclodiu em 15 de setembro de 2008 teve origem nos Estados Unidos da América, com a insolvência de várias instituições financeiras em Wall Street: Lehman Brothers; Merril Lynch e a Seguradora AIG foram as primeiras a pedir ajuda a quem pudesse ajudar. O Estado Norte-Americano se recusou a ajudar. O FED – Federal Reserve System, que exerce nos EEUU o papel de Banco Central, já havia, em julho de 2007, gasto bilhões de dólares para resgatar a carteira Bear Stearns comprada pelo JP Morgan Chase (com recursos do FED) a na estatização das Agências Fannie Mae e Freddie Mac, duas das maiores agências norte-americanas de crédito hipotecário (segundo dizem, carregadas de títulos da China), retardando a crise para 2008.

Na verdade, a gênese da crise está ligada à desregulamentação dos mercados, permitindo ao mercado financeiro auto-gerenciar seus negócios, sem as peias impostas pelos estados nacionais, que foram criadas após a crise de 1929. Sem fiscalização e monitoramento dos Bancos Centrais, os agentes econômicos ficaram livres para criar ativos financeiros muitas vezes maiores do que os ativos reais que lhes davam sustentação, através da emissão de títulos “derivativos”. Basta ver que os referidos ativos financeiros (equivalentes a 167 trilhões de dólares) representavam aproximadamente 3,5 vezes o PIB mundial de 48,3 trilhões de dólares em janeiro de 2008 (conforme Mckinsey Global Institute).

A crise poderia se limitar aos países centrais do capitalismo (EEUU, Inglaterra, Europa do Euro, Japão), não fosse o processo de globalização dos mercados de bens e serviços. É a globalização que provoca uma comunicação entre a economia real e o seu financiamento através da globalização do mercado financeiro. Todos os países, capitalistas ou não, que tiverem suas economias financiadas pela poupança mundial, terão que ser afetados direta ou indiretamente pelos efeitos da crise.

Um dos países menos afetados diretamente pela crise é o Brasil. Além disso, por características políticas próprias, nosso país é um dos mais preparados para suportar os efeitos da crise. Essas características podem ser resumidas da seguinte forma: 1) a economia brasileira não está totalmente desestatizada (afortunadamente); 2) nosso sistema bancário privado não arrisca, especula com títulos públicos (nós pagamos impostos e eles recebem extraordinárias transferências do estado por meio da política de taxas de juros elevada); 3) o Brasil tem um comércio internacional multilateral, não dependendo de qualquer país isoladamente (principalmente dos EEUU) e sua pauta de exportação é baseada em commodities tanto agrícolas como industriais; 4) sua dívida externa é de pequena monta (comparada com seu PIB), está internalizada, e suas reservas cambiais são elevadas quando comparadas com seu comércio internacional; 5) os instrumentos de política fiscal e monetária oferecem folgas: receita pública elevada, gastos correntes concentrados no custo financeiro da dívida – basta reduzir a elevadíssima taxa de juros para recuperar a capacidade de investimento do estado –, inflação controlada pelas importações e taxa de câmbio próximo do equilíbrio macroeconômico; 6) por fim, e não menos importante, um grande mercado interno, abandonado pela política neoliberal, que pode ser dinamizado com política fiscal e monetária independente.

Sugestão de leituras:

Pinheiro, Márcia. O novo socialismo: finanças, o Tesouro Americano entra em cena para salvar Wall Street. Carta Capital. São Paulo. Ano XV. Nº. 514, p. 26-30, setembro 2008.

Belluzzo, Luiz Gonzaga. O problema está aqui. A sucessão de bancarrotas demoliu a presunção do mundo ocidental. Carta Capital. São Paulo. Ano XV. Nº. 514, p. 32-40, setembro 2008.

________. O incansável Molock. Ideologia. Os detentores da riqueza não escapam da euforia que culmina em crise. Carta Capital. São Paulo. Ano XV. Nº. 518, p. 36-38, outubro 2008.

Netto, Delfim. Repetição do Mesmo. Carta Capital. São Paulo. Ano XV. Nº. 518, p. 39, outubro 2008.

Klein, Naomi. Mercado livre. Folha de São Paulo, São Paulo, 28 de setembro de 2008. Suplemento Mais; p.4.

Folha de São Paulo. De que são feitas as crises. Folha de São Paulo, 28 de setembro de 2008. Suplemento Mais; p.5.

Gresh, Alain. A marcha para a multipolaridade. Le Monde diplomatic Brasil. São Paulo. Ano 2 – Nº. 16, p. 12-13, novembro de 2008.

Bulard, Martine. Uma nova geopolítica dos capitais. Le Monde diplomatic Brasil. São Paulo. Ano 2 – Nº. 16, p. 10-11, novembro de 2008.

Hobsbawm, Eric. El declive del imperio norteamericano. Le Monde diplomatic en español. Valencia. Ano XIII, nº. 157, p. 10, novembro de 2008.

Galbraith, John. Kenneth. 1929 o colapso da Bolsa. São Paulo: Pioneira, 1988.
12 de janeiro de 2009 – 18:30

A crise mundial, seus efeitos sobre o Brasil e nossa capacidade de resposta

por Osmar Sepúlveda (Faculdade de Ciências Econômicas, UFBA)