Thursday, November 10, 2011

Café Científico Salvador - 18/11/2011 - 18:00

Local: Salão Nobre, Instituto de Biologia/UFBA, no Campus Universitário de Ondina


Projeto Multidisciplinar Baía de Todos os Santos: sonho e possibilidades

Vanessa Hatje (Instituto de Química/UFBA)

A Baía de Todos os Santos (BTS), em toda a sua complexidade, é o objeto de investigação dos muitos grupos de pesquisa que integram o Estudo Multidisciplinar Baía de Todos os Santos, que chamamos de Projeto BTS.  O Projeto BTS pode ser definido como uma ação acadêmica concertada, de longo prazo (30 anos), de caráter inter, multi e transdisciplinar, que prevê a sistematização, produção e disseminação de informações científicas e tecnológicas e a formação de pessoal, a partir de pesquisas e intervenções na BTS. Nesta apresentação serão discutidas as ações de pesquisa, ensino e extensão dos primeiros três anos de execução do Projeto BTS, bem como seus inúmeros desafios.
 




Tuesday, October 11, 2011

Café Científico - 14/10/2011, 18:00 

Local: LDM - Livraria Multicampi, na Rua Direita da Piedade, 20, Piedade 

Flora da Chapada Diamantina e sua Conservação 

Ana Maria Giulietti Harley & Raymond M. Harley 
(Programa de Pós-Graduação em Botânica/UEFS/ Royal Botanic Gardens, Kew)

A Chapada Diamantina é a porção norte da Cadeia do Espinhaço que se distribui por cerca de 1000km, em Minas Gerais (Serra do Espinhaço) e na Bahia. Representa o divisor de águas do rio São Francisco e vários rios tem aí suas nascentes. De modo geral são terras altas com embasamento proterozóico, com altitudes entre 900-2000m, circundadas por terras mais baixas, que abrigam formações de cerrado (especialmente em Minas Gerais) ou de caatingas (na Bahia). Nos topos das serras ocorrem as florestas montanas e os campos rupestres. Os campos rupestres apresentam grande número de espécies, mas são especialmente importantes pelo número de espécies e até gêneros com endemismo restrito. Também é o centro de diversidade de três famílias muito características as Velloziaceae (canela-de-ema), Eriocaulaceae (sempre-vivas) e Xyridaceae. As áreas de campos rupestres desde o início da colonização do Brasil, foram ligadas a exploração de ouro e outras pedras preciosas. Na Chapada Diamantina, enquanto a região mais ao Sul, especialmente em Rio de Contas, foi ligada ao ciclo do ouro, as regiões de Mucugê e Lençois foram ligadas ao ciclo do diamante, quase um século depois. Apesar da longa associação de utilização pelos habitantes da região, dos recursos minerais, animais e vegetais e da posição estratégica da Chapada Dimantina para a Bahia e o Nordeste, só recentemente está havendo maior preocupação com sua conservação e a sustentabilidade do uso da biodiversidade. Mesmo assim, são muitas as ameaças que ocorrem na região. Ligado a conservação in situ devem ser destacados o Parque Nacional da Chapada Diamantina e a APA do entorno, além da APA do Barbado e algumas unidades de conservação no município de Morro do Chapéu. Uma atividade que tem ajudado muito a divulgar e dar um melhor conhecimento das belezas da Chapada Diamantina é o turismo ecológico, mas que deve ser mantido em um nível que possa ser suportado pelas condições e características muito especiais da região. Maiores incentivos para as pesquisas multidisciplinares, ao uso sustentado e a conservação da biodiversidade e dos recursos hídricos e minerais são da maior importância, especialmente em um contexto de mudanças climáticas. Assim, nessa palestra, pretende-se apresentar as características especiais da região, sua flora, as principais ameaças e os desafios para a conservação e o manejo.

Referências
Funch, L. et al. 2004. Plantas úteis da Chapada Diamantina. Rima Edt.

Funch, R. 1999. A visitor’s guide to the Chapada Diamantina Mountains. Secretaria de Agricultura e Turismo da Bahia

Harley, R. & Giulietti, A.M. 2004. Flores nativas da Chapada Diamantina. Rima Edt.

Juncá, F. et al. (eds.) 2005. Biodiversidade e Conservação da Chapada Diamantina. MMA.

Stannard, B. (ed.) 1995. Flora of the Pico das Almas, Chapada Diamantina, Bahia. Royal Botanic Gardens Kew.

Revista Megadiversidade – vol. 4 números 1-2. 2008. Cadeia do Espinhaço: Avaliação do conhecimento científico e prioridades para conservação. Conservation International. (disponível on line)

Friday, September 09, 2011

Café Científico Salvador - 16/09/2011, 18:00

Local: LDM - Livraria Multicampi, na Rua Direita da Piedade, 20, Piedade

UM MODELO COLABORATIVO DE PESQUISA EM EDUCAÇÃO E A SUPERAÇÃO DA LACUNA ENTRE PESQUISA ACADÊMICA E PRÁTICA DOCENTE

Charbel El-Hani
(Instituto de Biologia/UFBA)

Claudia Sepulveda
(Depto. de Educação/UEFS)


Uma lacuna entre pesquisa e prática tem sido geralmente reconhecida pelos pesquisadores em educação e pelos professores, tanto na educação em termos gerais, quanto no ensino de ciências (e.g., PEKAREK; KROCKOVER; SHEPARDSON, 1996; KENNEDY, 1997; LÜDKE et al., 2001; MCINTYRE, 2005; PENA; RIBEIRO FILHO, 2008; VANDERLINDE; VAN BRAAK, 2010). Esta lacuna diz respeito à percepção de que professores não usam com frequência resultados da pesquisa educacional para construir e refletir sobre sua prática, assim como não dão grande valor à contribuição da pesquisa acadêmica para o trabalho em sala de aula. O mesmo tem sido observado em relação aos tomadores de decisão no campo educacional. Além disso, mudanças nas práticas escolares não resultam tipicamente da pesquisa acadêmica, mas de outras fontes, como políticas governamentais, materiais curriculares, livros didáticos, nas quais os resultados da pesquisa desempenham, quando o fazem, um papel indireto.

A lacuna pesquisa-prática não é um problema apenas do campo educacional. Em muitas áreas do conhecimento a mesma questão tem sido colocada, a exemplo da ecologia (WHITMER et al., 2010; PARDINI et al., no prelo), medicina (BERO et al., 1998), gestão e desenvolvimento de recursos humanos (SHORT, 2006), pesquisa sobre desastres naturais (MYERS, 1993). Este é, pois, um problema que deve ter causas mais gerais do que alguma deficiência específica do campo educacional. Ele parece ser, antes, uma característica genérica da relação entre pesquisa acadêmica e prática profissional, e esta generalidade, por sua vez, sugere que aspectos estruturais do trabalho científico e/ou da prática estão envolvidos. Nesta direção, a lacuna pesquisa-prática pode ser vista como uma consequência da forma como a pesquisa educacional tem sido conduzida, organizada e/ou disseminada (KENNEDY, 1997), ou como uma decorrência de dificuldades de colocar em relação duas classes diferentes de conhecimentos (MCINTYRE, 2005), o conhecimento mais generalizado e abstrato que é – e deve ser – produzido pela pesquisa e o conhecimento usado no domínio da prática, que é – e deve ser – mais situado e concreto.

Como argumenta McIntyre (2005), a superação da lacuna pesquisa-prática depende de um duplo movimento: do conhecimento produzido pela pesquisa rumo às particularidades das salas de aula, através do desenvolvimento e da implementação gradual de propostas para a prática pedagógica, e do conhecimento pessoal dos professores rumo a um maior grau de generalidade e, portanto, a uma maior facilidade de ajuste a novas situações, a partir da reflexão docente. Estes movimentos são mais poderosos e empoderadores se professores e pesquisadores estiverem reunidos em equipes colaborativas, nas quais todos atuem como pares, em relações menos verticalizadas do que as que costumam ocorrer na pesquisa educacional, ou seja, superando-se hierarquias entre professores-investigadores da educação básica e da universidade. Este duplo movimento, da pesquisa para a prática, e da prática para a pesquisa, tem sido realizado, em nossos grupos de pesquisa, com base numa comunidade de prática, a ComPratica, e num grupo colaborativo de pesquisa educacional.

A ComPratica é uma comunidade virtual de prática reunindo professores de biologia da educação básica, licenciandos de biologia, pesquisadores universitários, graduandos e pós-graduandos, com a intenção de discutir temas tão variados quanto a compreensão de determinados conceitos biológicos e o desenvolvimento profissional de professores, as condições de trabalho nas escolas e inovações educacionais para o ensino de conteúdos determinados. Professores de biologia interessados em participar da mesma podem escrever a charbel.elhani@gmail.com

Uma comunidade de prática (CoP) é um grupo de indivíduos com distintos conhecimentos, habilidades e experiências, que participam de modo ativo em processos de colaboração, compartilhando conhecimentos, interesses, recursos, perspectivas, atividades e, sobretudo, práticas, para a construção de conhecimento tanto pessoal quanto coletivo (LAVE E WENGER, 1991; WENGER, 1998). Uma CoP, quando efetivamente funciona, gera e se apropria de um repertório compartilhado de idéias, objetivos e memórias; desenvolve recursos, como ferramentas, documentos, rotinas, vocabulários e símbolos, que, em certa medida, carregam consigo o conhecimento acumulado pela comunidade. Em outras palavras, uma comunidade de prática envolve praxis: maneiras compartilhadas de fazer e de se aproximar das coisas de que se ocupam as pessoas que a integram.

A ComPratica conta com elevados graus de participação de seus membros, em comparação com outras comunidades virtuais, e tem resultado em inovações que são, algumas delas, objetos de estudo, do grupo colaborativo de pesquisa. Este, por sua vez, nasceu de dentro da ComPratica e tem se caracterizado como uma equipe de pares, reunindo professores-investigadores e pesquisadores universitários, e incorporando mecanismos que visam horizontalizar as relações entre estes atores, buscando desconstruindo hierarquias que são muitas vezes reiteradas na pesquisa educacional. Desse modo, pretendemos, para usar uma máxima que freqüenta nosso trabalho de pesquisa, mover os professores, na pesquisa educacional, dos agradecimentos para a autoria. De modo mais elaborado, trata-se de superar mecanismos que “... efetivamente excluem os professores do processo ativo de descoberta e distribuição de conhecimento, atribuindo-lhes, em vez disso, um papel passivo de consumidores do produto científico final” (GARRISON, 1988, p. 488).

O questionamento das posições sociais e institucionais de pesquisadores e professores, que tem lugar através do modelo colaborativo de pesquisa implementado no projeto, contribui para a abordagem de um dos problemas centrais envolvidos na lacuna pesquisa-prática, a falta de colaboração entre pesquisadores universitários e professores-investigadores através das fronteiras da instituições/organizações em que trabalham. Afinal, o fosso que em geral se observa entre a escola e a universidade e, por conseguinte, entre professores-investigadores da educação básica e universitários, é decorrente não só de fatores estruturais relativos a estas duas instituições sociais, mas também da posição social que estes atores sociais assumem, em conexão com uma visão hierárquica que coloca a universidade acima da escola. O sucesso na diminuição da lacuna entre pesquisa e prática educacionais envolve, de modo importante, o questionamento e a superação de tal visão hierarquizada.

Neste Café Científico, discutiremos o funcionamento da ComPratica e do grupo colaborativo de pesquisa educacional, tratando, além disso, de questões relativas à natureza da pesquisa docente e dos critérios de validade que se aplicam a ela.

Referências
BERO, L. A. et al. Closing the gap between research and practice: an overview of systematic reviews of interventions to promote the implementation of research findings. British Medical Journal, London, v. 317, n. 7156, p. 465-468, 1998.

GARRISON, J. W. (1988). Democracy, scientific knowledge, and teacher empowerment. Teachers College Record, v. 89, p. 487-504.

KENNEDY, M. M. The connection between research and practice. Educational Researcher, Thousand Oaks, v. 26, n. 7, p. 4-12, 1997.

LAVE, J.; WENGER, E. Situated learning: legitimate peripheral practice. New York: Cambridge University Press, 1991.

LÜDKE, M. et al. O professor e a pesquisa. Campinas: Papirus. 2001.

MCINTYRE, D. Bridging the gap between research and practice. Cambridge Journal of Education, Cambridge, UK, v. 35, n. 3, p. 357–382, 2005.

MYERS, M. F. Bridging the gap between research and practice: the Natural Hazards Research and Applications Information Center. International Journal of Mass Emergencies and Disasters, Stillwater, v. 11, n. 1, p. 41-54, 1993.

PARDINI, R.; ROCHA, P. L. B.; EL-HANI, C. N. & PARDINI, F. The challenges and opportunities for bridging the research-implementation gap in ecological science and management in Brazil. In: Sodhi, N. S. & Raven, P. (Eds.). CONSERVATION BIOLOGY: LESSONS FROM THE TROPICS. Oxford, UK: Wiley-Blackwell, no prelo.

PEKAREK, R.; KROCKOVER, G.; SHEPARDSON, D. The research/practice gap in science education. Journal of Research in Science Teaching, Hoboken, v. 33, n. 2, p. 111-113, 1996.

PENA, F. L. A.; RIBEIRO FILHO, A. Relação entre a pesquisa em ensino de física e a prática docente: dificuldades assinaladas pela literatura nacional da área. Cadernos Brasileiros de Ensino de Física, Florianópolis, v. 25, n. 3, p. 424-438, 2008.

SHORT, D. C. Closing the gap between research and practice in HRD. Human Resource Development Quarterly, v. 17, n. 3, p. 343-350, 2006.

VANDERLINDE, R.; VAN BRAAK, J. The gap between educational research and practice: views of teachers, school leaders, intermediaries and researchers. British Educational Research Journal, Hoboken, v. 36, n. 2, p. 299-316, 2010.

WENGER, E. Communities of practice: learning, meaning, and identity. New York: Cambridge University Press, 1998.

WHITMER, A., OGDEN, L., LAWTON, J., STURNER, P., GROFFMAN, P. M., SCHNEIDER, L., HART, D., HALPERN, B., SCHLESINGER, W., RACITI, S., BETTEZ, N., ORTEGA, S., RUSTAD, L., PICKETT, S. T. A. AND KILLILEA, M. The engaged university: providing a platform for research that transforms society. Frontiers in Ecology and the Environment, v. 8, p. 314–321, 2010.

Friday, July 29, 2011

Café Científico Salvador - 05/08/2011, 18:00

Local: LDM - Livraria Multicampi, na Rua Direita da Piedade, 20, Piedade

Riscos para a saúde humana da exposição cotidiana a radiações eletromagnéticas: o uso de telefones celulares como exemplo

Emerson Sales (Instituto de Química/UFBA)


A radiação eletromagnética associada ao uso do celular foi classificada como
possivelmente carcinogênica e deve ser alvo de mais estudos, segundo avaliação da agência da Organização Mundial da Saúde (OMS) responsável pelo estudo do câncer (Iarc, na sigla em inglês). A conclusão foi divulgada por 31 cientistas de 14 países reunidos em Lyon, na França, para revisar centenas de pesquisas sobre o risco de uso destes e de outros aparelhos. A evidência foi revisada criticamente e avaliada como limitada entre os usuários de celulares para glioma e neuroma (tumores no cérebro), mas inadequada para conclusões sobre outros tipos de câncer. O grupo de trabalho, diz o texto, não quantificou o risco, mas salientou que uma pesquisa no passado sobre uso de celulares, até o ano de 2004, mostrou um crescimento de 40% no risco de glioma na categoria dos usuários mais frequentes de celular - cerca de 30 minutos por dia ao longo de dez anos. Serão apresentados trabalhos recentes sobre o tema, bem como um testemunho de um episodio ocorrido na França em 2007, referente ao uso de sistemas wi-fi.O objetivo da apresentação é de compartilhar informações visando formar uma opinião crítica sobre o assunto, com base nas últimas informações tornadas públicas, permitindo uma reflexão sobre este possível problema da vida moderna, mais um que evidencia nosso contraditório desenvolvimento.

Referências:
1) The Lancet Oncology, Volume 12, Issue 7, Pages 624 - 626, July 2011
doi:10.1016/S1470-2045(11)70147-4
2) The Biointiative report (http://www.bioinitiative.org/)
3) http://www.cancer.org/cancer/cancercauses/othercarcinogens/athome/cellular-phones
4) Christensen HC, Schuz J, Kosteljanetz M, et al. Cellular telephone use and
risk of acoustic neuroma. Am J Epidemiol. 2004;159:277-283.
5) Cellular Telecommunications & Internet Association. Wireless Quick Facts.
2008. www.ctia.org/media/industry_info/index.cfm/AID/10323
6) Centers for Disease Control and Prevention. Frequently Asked Questions about
Cell Phones and Your Health. 2005.
www.cdc.gov/nceh/radiation/factsheets/cellphone_facts.pdf
7) Food and Drug Administration. Cell Phones: Health Issues. 2009.
www.fda.gov/Radiation-EmittingProducts/RadiationEmittingProductsandProcedure
s/HomeBusinessandEntertainment/CellPhones/ucm116282.htm
8) Federal Communications Commission (FCC). Wireless. 2008.
www.fcc.gov/cgb/cellular.html on September 28, 2009.
9) Hardell L, Nasman A, Pahlson A, et al. Use of cellular telephones and the
risk for brain tumors: A case-control study. Int J Oncol. 1999;15:113-116.
10) Hardell L, Hallquist A, Mild KH, et al. Cellular and cordless telephones and
the risk of brain tumours. Eur J Cancer Prev. 2002;159:277-283.
11) Hardell L, Carlberg M, Mild K. Case-control study on cellular and cordless
telephones and the risk for acoustic neuroma or meningioma in patients
diagnosed 2000-2003. Neuroepidemiology. 2005;25:120-128.
12) Inskip PD, Tarone RE, Hatch EE, et al. Cellular telephone use and brain
tumors. N Engl J Med. 2001;344:79-86.
13) International Agency for Research on Cancer. IARC Classifies Radiofrequency
Electromagnetic Fields as Possibly Carcinogenic to Humans. (Press Release)
www.iarc.fr/en/media-centre/pr/2011/pdfs/pr208_E.pdf
14) INTERPHONE Study Group. Brain tumor risk in relation to mobile telephone
use: results of the INTERRPHONE international case-control study. Int J
Epidemiol. Epub ahead of print on May 17, 2010.
15) Johansen C, Boice JD Jr, McLaughlin JK, et al. Cellular telephones and
cancer -- a nationwide cohort study in Denmark. J Natl Cancer Inst.
2001;93:203-207.
16) Lai H, Singh NP. Acute low-intensity microwave exposure increases DNA
single-strand breaks in rat brain cells. Bioelectromagnetics. 1995;16:204-210.
17) Lonn S, Ahlbom A, Hall P, et al. Swedish Interphone Study Group. Long-term
mobile phone use and brain tumor risk. Am J Epidemiol. 2005; 161:526-535.
18) Malyapa RS, Ahern EW, Straube WL, et al. DNA damage in rat brain cells after
in vivo exposure to 2450 MHz electromagnetic radiation and various methods
of euthanasia. Radiat Res. 1998;149:637-645.
19) Minn Y, Wrensch M, Bondy M. Epidemiology of primary brain tumors. In: Prados
M, ed. Brain Cancer. Hamilton: BC Decker; 2002:1-15.
20) Muscat JE, Malkin MG, Thompson S, et al. Handheld cellular telephone use and
risk of brain cancer. JAMA. 2000;284:3001-3007.
21) Muscat JE, Malkin MG, Shore RE, et al. Handheld cellular telephone use and
risk of acoustic neuroma. Neurology. 2002;58:1304-1306.
22) National Cancer Institute. Cellular telephone use and cancer risk. 2009.
www.cancer.gov/cancertopics/factsheet/Risk/cellphones
23) National Highway Traffic Safety Administration (NHTSA). An Investigation of
the Safety Implications of Wireless Communications in Vehicles. 1997.
www.nhtsa.dot.gov/people/injury/research/wireless
24) National Institute of Environmental Health Sciences. Cell Phones. 2011.
www.niehs.nih.gov/health/topics/agents/cellphones/index.cfm
25) Redelmeier DA, Tibshirani RJ. Association between cellular telephone calls
and motor vehicle collisions. N Engl J Med. 1997;336:453-458.
26) Repacholi MH. Radiofrequency field exposure and cancer: What do the
laboratory studies suggest? Environ Health Perspect. 1997;105:1565-1568.
27) Rothman KJ, Chou CK, Morgan R, et al. Assessment of cellular telephone and
other radio frequency exposure for epidemiologic research. Epidemiology.
1996;7:291-298.
28) Savitz DA. Mixed signals on cell phones and cancer. Epidemiology.
2004;15:651-652.
29) Schoemaker M J, Swerdlow AJ, Ahlbom A, et al. Mobile phone use and risk of
acoustic neuroma: results of the Interphone case-control study in five North
European countries. Br J Cancer. 2005;93:842-848.
30) Schuz J, Jacobsen R, Olsen JH, et al. Cellular telephone use and cancer
risk: Update of a nationwide Danish cohort. J Natl Cancer Inst. 2006;98:1707-1713.
31) Stang A, Anastassiou G, Ahrens W, et al. The possible role of radiofrequency
radiation in the development of uveal melanoma. Epidemiology. 2001;12:7-12.

Wednesday, July 06, 2011

Café Científico Salvador - 08/7/2011, 18:00

Local: LDM - Livraria Multicampi, na Rua Direita da Piedade, 20, Piedade

Sistemas complexos: como esta abordagem teórica pode ser usada para analisar dados quantitativos de algumas peculiaridades da vida e da cultura da Bahia

Roberto F. S. Andrade (Instituto de Física/UFBA)


O conceito de sistemas complexos foi formado de maneira espontânea ao longo da segunda metade do século XX, baseado em técnicas matemáticas desenvolvidas no estudo de sistemas dinâmicos não lineares caos e física estatística. De uma forma bastante natural e paulatina, estas metodologias começaram a ser utilizadas por comunidades de pesquisadores de diversas áreas do conhecimento. Rigorosamente, até hoje não se tem uma definição precisa que permita delimitar e caracterizar quais objetos pertencem a esta classe. Do ponto de vista matemático, no entanto, o fato do objeto apresentar uma série de propriedades similares, mensuráveis através de algoritmos e definições razoavelmente precisas, permite que possamos formar uma lista de sistemas que atendem a diversos requisitos para poderem adotar tal denominação: não linearidade nas interações com de seus constituintes, presença de aleatoriedade correlacionada com memória de interações passadas, propriedades de invariância de escala, desvio das leis de distribuição para eventos estatisticamente independentes, etc. Nós pretendemos mesclar a nossa exposição, atentando a dois princípios: Ser objetivo na caracterização das propriedades matemáticas, mas evitando ao máximo a utilização da notação que não seja do domínio comum. Sugerir alguns temas que são de nosso cotidiano que sejam passíveis de ser investigado dentro desta abordagem como, por exemplo, o congestionamento da Av. Paralela ou o desfile do carnaval.
Café Científico UFBA - Primeira sessão - 05/07/2011, 20:00

Local: Salão Nobre da Reitoria, UFBA

Muito além do nosso eu

Miguel Nicolelis (Duke University, EUA)



A partir de julho de 2011, a iniciativa do CAFÉ CIENTÍFICO passa a contar com edição mensal na LDM - Livraria Multicampi, o CAFÉ CIENTÍFICO SALVADOR, e edição trimestral na UFBA, o CAFÉ CIENTÍFICO UFBA.

A sessão inaugural do CAFÉ CIENTIFICO UFBA aconteceu no dia 05 de julho às 20:00 horas, no Salão Nobre da Reitoria, com a participação do Prof. Miguel Nicolelis (Duke University, EUA), que na ocasião também lançou seu livro MUITO ALÉM DO NOSSO EU, pela Companhia da Letras.

Sobre o conferencista:
Miguel Nicolelis nasceu em São Paulo, em março de 1961. Formou-se em medicina (1984) e doutorou-se (1988) pela Universidade de São Paulo. Em 1989, determinado a desvendar as leis fisiológicas que regem a interação entre grandes populações de neurônios, mudou-se para os Estados Unidos. Desde 1994 está à frente de um grande laboratório na Universidade Duke, o Duke’s Center for Neuroengineering, base física das avançadas experiências com implantes de microeletrodos neurais em macacos que o tornaram conhecido no mundo todo. É também professor de neurociência na mesma universidade. Suas pesquisas foram publicadas na Nature, na Science e em inúmeras outras revistas científicas. A Scientific American o elegeu um dos vinte cientistas mais influentes do mundo. Membro das Academias de Ciências do Brasil e da França e da Pontifícia Academia das Ciências em Roma, é também fundador e Diretor Científico do Instituto Internacional de Neurociências de Natal Edmond e Lily Safra, entidade dedicada ao fomento da pesquisa científica de ponta e ao desenvolvimento educacional e socioeconômico do Rio Grande do Norte e da região nordeste do Brasil.

Tuesday, May 31, 2011

Café Científico - 20/6/2011, 18:30

Local: LDM - Livraria Multicampi, na Rua Direita da Piedade, 20, Piedade

Produção de alimentos em larga escala: O desafio de alimentar o mundo e os impactos ambientais

Pedro Afonso de Paula Pereira (Instituto de Química/UFBA)



Após um crescimento lento pela maior parte da história da humanidade, a população mais do que dobrou na última metade do século XX e início do século XXI. Por volta de 2006, era de cerca de 6,7 bilhões e, de acordo com as previsões mais recentes, deverá alcançar a marca de 9,1 bilhões em 2050. Assim, um grande desafio está posto diante de políticos, administradores públicos e cientistas, entre outros, que é garantir a oferta de energia, serviços de saúde e alimentação de qualidade, a preços acessíveis e não comprometendo a sustentabilidade dos recursos naturais do planeta. Nesse encontro, serão abordados alguns dos principais impactos ambientais provocados pela produção de alimentos em larga escala, discutindo-se os seus aspectos gerais, permeados por uma visão química.

Leituras sugeridas:
• Edward O. Wilson: “A Criação – Como salvar a vida na Terra”; Companhia das Letras; 2006.
• Jared Diamond: “Colapso - Como as sociedades escolhem o fracasso ou o sucesso”; Ed. Record; 2007.

Tuesday, May 10, 2011

Café Científico - 20/5/2011, 18:00

Local: LDM - Livraria Multicampi, na Rua Direita da Piedade, 20, Piedade

Polinizadores, por que são importantes?

Blandina Felipe Viana (Instituto de Biologia/UFBA)


Os polinizadores desempenham um papel crucial na reprodução da maioria das plantas em todos os ecossistemas terrestres. Eles são responsáveis pela transferência dos grãos de pólen das anteras para o estigma das flores. Este processo, denominado polinização, é fundamental para a conservação e sustentabilidade da flora e da fauna do planeta. A limitação de polinizadores, resultante do declínio das suas populações, causada, principalmente, pelo uso indiscriminado de agroquímicos, uso intensivo do solo, perda de habitat e mudanças climáticas, reduz o potencial reprodutivo das plantas, podendo, em casos extremos, causar a extinção de plantas e animais e levar a mudanças nas paisagens e na oferta de alimentos. Na ultima década, em todo o mundo, ações voltadas para a conservação e uso sustentável de polinizadores vem sendo empreendidas. Entretanto, ainda são necessários esforços para ampliar a compreensão geral sobre o valor dos polinizadores para a conservação dos recursos agrícolas e naturais. Assim, nessa palestra, pretende-se apresentar os polinizadores, o que fazem, as principais ameaças e os desafios para a conservação e o manejo, em sistemas naturais e agrícolas.

Saturday, April 02, 2011

Café Científico - 8/4/2011, 18:00

Local: LDM - Livraria Multicampi, na Rua Direita da Piedade, 20, Piedade

A Ciência de Criar Substâncias Sobrenaturais

Silvio Cunha (Instituto de Química/UFBA)


Desde que domesticamos o fogo, nós humanos temos modificado a variedade de substâncias presentes na natureza através de transformações químicas.
A necessidade de comer, vestir, locomover, viver mais e melhor, amar e ser feliz tem motivado a criação, primeiro em laboratório e depois em escala industrial, de substâncias que não estão disponíveis na natureza – substâncias denominadas não naturais (de certa forma, “sobrenaturais”). Além da necessidade, a boa e velha curiosidade – apenas ela – também tem sido um bom estímulo.
A ciência que proporciona esta façanha é a síntese química e, em particular, a síntese orgânica, que se dedica à criação de moléculas de carbono e derivados. A forma como se faz isto, promovendo reações químicas de forma controlada, será o mote de nossa conversa, exemplificando com substâncias bem conhecidas do público em geral.

Leitura Complementar – se for ler apenas uma delas, leia a primeira.
1. Os Botões de Napoleão – as 17 moléculas que mudaram a história, Jorge Zahar Editor.
2. Barbies, Bambolês e Bolas de Bilhar – 67 deliciosos comentários sobre a fascinante química do dia-a-dia, Joe Schwarcz, Jorge Zahar Editor.
3. Moléculas, P. W. Atkins, EDUSP.
4. Descobertas Acidentais em Ciências, Roystin M. Roberts, Papirus.
5. Vitórias da Química – a conquista do direito à saúde, Daniel Bovet, Editora da UnB.
6. Alquimistas e Químicos – o passado, o presente e o futuro, José Atílio Vanin, Editora Moderna.

Wednesday, March 09, 2011

Café Científico - 18/03/2011, 18:00

Local: LDM - Livraria Multicampi, na Rua Direita da Piedade, 20, Piedade

Como os Materiais Quebram?

João Augusto de Lima Rocha (Departamento de Construção e Estruturas da Escola Politécnica da UFBA)



É de grande interesse o conhecimento da capacidade resistente dos sólidos, pelo que isto representa para a maioria das atividades que envolvem nossas vidas. Embora seja importante o conhecimento de como se dão, no íntimo da matéria, os processos que levam os materiais a oferecer resistência, diante de ações externas impostas aos sólidos, a ênfase aqui será colocada na compreensão dos fenômenos, pelo lado do desempenho efetivo do objeto sólido, que pode ser, por exemplos, uma taça de cristal, um pino minúsculo, um avião, um osso, um tênis, um edifício, um navio, uma montanha, uma encosta ou uma nave espacial. O que interessa é garantir, com grande probabilidade, no projeto de um sólido, sua estabilidade material, a nível local e global, para que os padrões de desempenho dele esperados sejam considerados satisfatórios, durante o tempo de sua vida útil. O exame do fenômeno das tensões e das deformações nos sólidos é fundamental na formulação dos modelos matemáticos desses problemas.

Referências:
Carneiro, F. L. Lobo B. Galileu e os efeitos do tamanho, Revista Ciência Hoje, v. 9, n.
50, jan/fev 1989, Rio de Janeiro.
Carneiro, F. L. Lobo B. Galileu, fundador da teoria dos materiais. In: História da técnica e da tecnologia. Ruy Gama, org., São Paulo: T. A. Queiroz, 1985.
Galilei, Galileu Duas Novas ciências, São Paulo: Nova Stella, 1988.
Rocha, João Augusto de L. Termodinâmica da Fratura: uma nova abordagem do problema da fratura nos sólidos, Salvador: EDUFBA, 2010.
Timoshenko, S. P.; Gere, J. Mecânica dos Sólidos, 2. vols., Rio: LTC, 1984. Há uma boa síntese histórica no final de cada volume, retirada do excelente livro de S. P. Timoshenko, History of Strength of Materials, New York: Dfover, 1983, que, infelizmente, ainda não existe em português.

Friday, February 04, 2011

Café Científico - 11/02/2011, 18:00

Local: LDM - Livraria Multicampi, na Rua Direita da Piedade, 20, Piedade

O relevante e o significativo: Alguns limites entre filosofia e ciência

João Carlos Salles (Depto. de Filosofia, FFCH-UFBA)

Friday, January 28, 2011

Simpósio EPISTEMOLOGIA, MODELAGEM MATEMÁTICA E A CONSTRUÇÃO DE MODELOS PREDITIVOS EM ECOLOGIA

O Projeto “Integrando Níveis de Organização em Modelos Ecológicos Preditivos: Aportes da Epistemologia, Modelagem e Investigação Empírica”, aprovado no Programa de Apoio a Núcleos de Excelência PRONEX/FAPESB/CNPq, e coordenado pelo Prof. Charbel El-Hani (IB-UFBA) promove, no dia 8 de Fevereiro de 2011, o Simpósio "Epistemologia, Modelagem Matemática e a Construção de Modelos Preditivos em Ecologia". O Simpósio reunirá pesquisadores brasileiros e estrangeiros para debater as contribuições da epistemologia e da modelagem matemática para a construção de uma ecologia com maior poder preditivo e maior impacto sobre a gestão e o manejo de problemas ambientais.

O evento ocorrerá no Auditório do PAF III, Campus de Ondina, UFBA, no dia 8 de Fevereiro de 2011 nos turnos matutino e vespertino. A abertura do evento ocorrerá às 9 horas da manhã.

O simpósio é gratuito, mas necessita de inscrição, que deve ser feita através do email iv.simposio.pronex@gmail.com, informando o nome do simpósio em que está se inscrevendo

EPISTEMOLOGIA, MODELAGEM MATEMÁTICA E A CONSTRUÇÃO DE MODELOS PREDITIVOS EM ECOLOGIA



Promoção: Projeto “Integrando Níveis de Organização em Modelos Ecológicos Preditivos: Aportes da Epistemologia, Modelagem e Investigação Empírica”, Programa de Apoio a Núcleos de Excelência PRONEX/FAPESB/CNPq.



Organização: Profs. Charbel Niño El-Hani (IB-UFBA), Pedro Luís Bernardo da Rocha (IB-UFBA), Francisco Carlos Rocha de Barros Junior (IB-UFBA), Hilton Ferreira Japyassu (IB-UFBA), Blandina Felipe Viana (IB-UFBA), Leila Costa Cruz (IMS/UFBA), Raymundo José de Sá Neto (Depto. Ciências Naturais, UESB), Washington de Jesus Sant’Anna da Franca Rocha (Programa de Pós-Graduação em Modelagem e Ciências da Terra e do Ambiente, UEFS).



Auditório do PAF III, Campus de Ondina, UFBA.



Manhã

09:00-10:00 – o Projeto “Integrando Níveis de Organização em Modelos Ecológicos Preditivos: Aportes da Epistemologia, Modelagem e Investigação Empírica”

Prof. Pedro Luís Bernardo da Rocha (IB-UFBA)



10:30-12:00 – Ecology and prediction: The case of biodiversity (Ecologia e Predição: O caso da Biodiversidade) – Esta palestra será proferida em inglês.

Julien Delord (Equipe de recherche: Patrimoine, Histoire des Sciences etTechniques – PaHST. Université de Bretagne Occidentale, France)



Tarde

14:00 – 15:30 – Generalizações na ecologia

Prof. Charbel Niño El-Hani (IB-UFBA)



15:30 – 16:00 – Coffee break



16:00 – 17:30 – Técnicas computacionais aplicadas a modelos em biologia e ecologia

Profa. Claudia Pio Ferreira ((UNESP, Botucatu)



17:30 – 19:00 – Persistence and extinction in mathematical biology (Persistência e Extinção na Biologia Matemática) – Esta palestra será proferida em inglês.

Prof. Herb Freedman (Dept. of Mathematical and Statistical Sciences, University of Alberta, Canada)

Tuesday, January 25, 2011

O Projeto “Integrando Níveis de Organização em Modelos Ecológicos Preditivos: Aportes da Epistemologia, Modelagem e Investigação Empírica”, aprovado no Programa de Apoio a Núcleos de Excelência PRONEX/FAPESB/CNPq, e coordenado pelo Prof. Charbel El-Hani (IB-UFBA) promove, no dia 7 de Fevereiro de 2011, o Simpósio "Problemas Ambientais do Estado da Bahia e as Contribuições da Pesquisa Ecológica". O Simpósio reunirá pesquisadores e técnicos ambientais para debater os seguintes temas:

Restauração Ecológica e Reintrodução de Fauna
Plano Estadual de Combate à Desertificação
Problemas Ambientais da Baía de Todos os Santos
Conservação de Populações de Espécies Ameaçadas

O evento ocorrerá no Auditório do PAF III, Campus de Ondina, UFBA, no dia 7 de Fevereiro de 2011 nos turnos matutino e vespertino. A abertura do evento ocorrerá às 8 horas da manhã.

O simpósio é gratuito, mas necessita de inscrição, que deve ser feita através do email iv.simposio.pronex@gmail.com, informando o nome do simpósio em que está se inscrevendo


PROBLEMAS AMBIENTAIS DO ESTADO DA BAHIA E AS CONTRIBUIÇÕES DA PESQUISA ECOLÓGICA


Promoção: Projeto “Integrando Níveis de Organização em Modelos Ecológicos Preditivos: Aportes da Epistemologia, Modelagem e Investigação Empírica”, Programa de Apoio a Núcleos de Excelência PRONEX/FAPESB/CNPq.


Organização: Profs. Charbel Niño El-Hani (IB-UFBA), Pedro Luís Bernardo da Rocha (IB-UFBA), Francisco Carlos Rocha de Barros Junior (IB-UFBA), Hilton Ferreira Japyassu (IB-UFBA), Blandina Felipe Viana (IB-UFBA), Leila Costa Cruz (IMS/UFBA), Raymundo José de Sá Neto (Depto. Ciências Naturais, UESB), Washington de Jesus Sant’Anna da Franca Rocha (Programa de Pós-Graduação em Modelagem e Ciências da Terra e do Ambiente, UEFS).


Local: Auditório do PAF III, Campus de Ondina, UFBA.


Manhã

08:00 – Abertura do evento.



08:30 – 10:30 – Mesa redonda: Restauração Ecológica e Reintrodução de Fauna

Participantes:

Pedro Luís Bernardo da Rocha (IB-UFBA)

Simone Souza Campos (IBAMA)

Samanta Levita Coutinho (IBAMA)



10:30-10:45 – Coffee break



10:45 – 12:45 – Mesa redonda: Plano Estadual de Combate à Desertificação

Washington de Jesus Sant’Anna da Franca Rocha (Programa de Pós-Graduação em Modelagem e Ciências da Terra e do Ambiente, UEFS).

José Augusto de Castro Tosato (Diretoria Socioambiental Participativa – DSP, INGÁ)

Luis de Lima Barbosa (Coordenação Socioambiental – COSAM, INGÁ)



Tarde

14:30-16:30 – Mesa redonda: Problemas Ambientais da Baía de Todos os Santos

Francisco Carlos Rocha de Barros Junior (IB-UFBA)

Erika Meireles Campos (Diretoria Geral de Projetos, IMA)

Eratóstenes de Almeida Fraga Lima (Coordenador da Universidade Popular das Águas – UNIHIDRO, INGÁ)



16:30-16:45 – Intervalo



16:45 – 18:45 – Mesa redonda: Conservação de Populações de Espécies Ameaçadas

Raymundo José de Sá Neto (Depto. Ciências Naturais, UESB)

Fátima Oliveira (ICMBio)

Gustave Lopez (Coordenador Regional-BA, Projeto Tamar)

Thursday, January 20, 2011

Resumo Café - 21/01/2011, 18:00

Local: LDM - Livraria Multicampi, na Rua Direita da Piedade, 20, Piedade

Violência Urbana em Salvador

Luiz Viana (IML)


Com o objetivo de analisar a evolução das desigualdades socioespaciais na mortalidade por causas externas e homicídios em Salvador (BA), 2000 e 2006, foi realizado estudo ecológico, tendo as zonas de informação (ZI) e estratos sociais como unidades de análise. O IBGE e Secretaria Municipal de Saúde foram fontes de dados. As causas básicas de óbito foram revisadas e reclassificadas com base em relatórios do IML. As ZIs foram classificadas em quatro estratos sociais a partir da renda e escolaridade. Calculou-se a razão entre as taxas de mortalidade (Razão de Desigualdade). Verificou-se aumento de 98,5% na taxa de homicídios no período. Em 2000, o risco de morte por causas externas e homicídios n o estrato de piores condições de vida foi, respectivamente, 1,40 e 1,94 vezes maior que no estrato de referência. Em 2006 estes valores foram de 2,02 e 2,24. Os autores discutem as implicações para as políticas publicas intersetoriais evidenciados pelos achados do presente estudo.
Resumo Café - 13/12/2010, 18:30

Local: LDM - Livraria Multicampi, na Rua Direita da Piedade, 20, Piedade

A Zona Costeira e O Dilúvio Universal

José Maria Landim Dominguez (IG-UFBA)

A zona costeira é a zona de interação entre os continentes e os oceanos. Sua origem na maior parte dos casos data da separação entre os continentes, que determinam seus principais traços geológicos, como os tipos litológicos que afloram nas praias, a orientação da linha de costa etc. Nos últimos milhões de anos perturbações na orbita da terra (inclinação do eixo de rotação, precessão dos equinócios e variação na ecentricidade da órbita terrestre) resultantes da atração gravitacional de planetas como Jupiter e Saturno, provocaram mudanças no grau de insolação do planeta principalmente nas regiões de alta latitude. Estas mudanças por sua vez resultaram em expansões e retrações de grandes lençois de gelo no hemisfério norte que tiveram como principal consequencia variações no nivel dos mares da ordem de várias dezenas de metros. Assim é que desde 120.000 anos atrás com a expansão destes lençóis de gelo, o nivel do mar desceu progressivamente, posicionando-se cerca de menos 120m abaixo do nível atual por volta de 20.000 anos atrás. Durante este prolongado periodo de abaixamento o homem se espalhou por todos os continentes. A partir de 20.000 anos atrás os grandes lençóis de gelo começaram a derreter e o nivel mar subiu rapidamente. Durante este periodo, algumas vezes o nível do mar subiu até 5 m em um século. Este foi o verdadeiro dilúvio universal que inundou as plataformas continentais e zonas costeiras de todo o mundo deslocando populações e mudando dramaticamente a geografia destas regiões. O objetivo desta palestra será portanto o de contar esta história da origem da zona costeira deste grande diluvio, com enfase principalmente na costa da Bahia.