Wednesday, July 28, 2010

Resumo Café - 13/08/2010, 18:00

Local: LDM - Livraria Multicampi, na Rua Direita da Piedade, 20, Piedade


Minério: Base material da trajetória humana

Haroldo Sá (IG-UFBA)

Durante milênios, os fragmentos de rocha, os galhos de árvores e o barro foram, praticamente, as únicas matérias primas que nossos antepassados sabiam utilizar para atender suas necessidades básicas: caçar a comida, cortar um alimento, fazer fogo, construir um abrigo, defender-se do inimigo ou atacá-lo. Mas, sua capacidade de observação e aprendizado - e alguns acasos iniciais - levaram o homem a descobrir que era possível extrair metais das rochas e, com eles, fabricar utensílios bem mais eficientes. A combinação do cobre com o estanho deu origem à liga conhecida como bronze e, assim, inaugurou-se um novo estágio no desenvolvimento da civilização, conhecida como a idade do bronze. Por volta de 1.300 a.c., em alguns lugares da Ásia, já se produziam armas, arados e outros objetos de ferro, bem mais resistentes que os equivalentes feitos de bronze.

No século XIX, mais de 30 elementos da tabela periódica eram extraídos de diversos tipos de minério para fabricar pontes, casas, veículos, armas etc. Hoje, praticamente todos os elementos químicos, inclusive os isótopos artificiais, estão, direta ou indiretamente, presentes em todos os objetos e recursos que nos cercam e que utilizamos na vida moderna: aviões, celulares, alimentos, embalagens, equipamentos médicos, próteses e outros exemplos que fariam uma lista interminável.

Para a maioria das pessoas, os termos idade da pedra lascada (paleolítico), idade da pedra polida (neolítico), idade do bronze, idade do ferro são bem entendidos como estágios do desenvolvimento da civilização. Hoje, fica difícil nomear o nosso tempo: idade do alumínio (?), do silício (?). Entretanto, todos esses estágios têm um vínculo essencial com a matéria prima mineral extraída de um minério, a base material da trajetória humana.

Projetando essa trajetória surge a pergunta:
Nosso planeta tem reservas de minério suficientes para atender as demandas futuras de uma crescente população mundial?


Referências básicas:

STREET, A. & ALEXANDER, W. – 1994 – “ Metals in the Service of Man”. 10th ed., 309 p., Penguin Books.

WEINER, J> - 1988 – “ O Planeta Terra” , trad., 361 p., Livraria Martins Fontes Editora Ltda.

TEIXEIRA, W.; TOLEDO, M.C.M.; FAIRCHILD, T.R.; TAIOLI, F. – 2000 - “Decifrando a Terra” 557 p., Oficina de Textos.

BLAINEY, G. – 2004 – “Uma Breve História do Mundo” , trad. 2ª. ed., 342 p., Editora Fundamento.

Tuesday, July 06, 2010

Resumo Café - 12/07/2010, 18:30

Local: LDM - Livraria Multicampi, na Rua Direita da Piedade, 20, Piedade

Políticas Públicas de Ciência e Tecnologia no Brasil

Amilcar Baiardi (UFRB/UFBA)

A intervenção estatal em C&T da Colônia para o Império e do Império para a República. A visão da intervenção dirigida para o desenvolvimento científico-tecnológico, dos eruditos viajantes para os PBDCTs, na segunda metade do século XX. Formação do sistema Brasileiro de C&T e o papel de Anísio Teixeira. Os desequilíbrios regionais, os fundos setoriais, os editais induzidos e a CGEE. O papel da SBPC edas sociedades científicas. A matriz recente do sistema brasileiro de C&T&I e os INCTs.

Recomendações para leitura:

• BAIARDI, A. Sociedade e Estado no apoio à Ciência e à tecnologia. São Paulo: HUCITEC, 1997;
• BAIARDI, A. O desenvolvimento da atividade científica no Brasil. In: SCLIAR, M. Oswaldo Cruz & Carlos Chagas: o nascimento da ciência no Brasil. São Paulo, Odysseus, 2002;
• MARCOVITCH, J. (org) Administração em Ciência e Tecnologia. Rio de Janeiro: FINEP/ EDGARD BLÜCHER, 1983.
• SICSU, A. B. Regionalização da política nacional de ciência e tecnologia. Recife: CNPq/Agencia do Nordeste, 1989.
• SCHWARTZMAN, S Formação da comunidade científica no Brasil. Rio de Janeiro: Cia Editora Nacional/FINEP, 1979.
• SCHWARTZMAN, S (coord.) Science and technology in Brazil: a new policy for a global world. Rio de Janeiro: Editora da FGV, 1995.
• ______________________ A capacitação brasileira para a pesquisa científica e tecnológica. Rio de Janeiro: Editora da FGV, 1996.